quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A velha infância - os meus brinquedos

OS MEUS BRINQUEDOS

Parece um tema estúpido e realmente é. Já não tenho propriamente idade para brincar ou falar de brinquedos. Mas eu sou uma daquelas pessoas que deu muito uso aos brinquedos pois nasci em 89 e nessa altura era normal as crianças brincarem.
Nunca fui muito de televisão, ainda hoje sou assim. Se estiver entretida e principalmente a fazer algo que gosto posso passar um dia inteirinho em casa e nem me lembro de ligar a televisão.
Prefiro rádio do que televisão, pois posso estar a fazer qualquer tarefa enquanto oiço rádio. Ver televisão, no meu caso, só útil enquanto passO a ferro :p. 
Mas vim para escrever sobre brinquedos e brincadeiras.
Eu tinha 4 tipos de brinquedos: Barbies, Pinipons, Pollypockets e os outros! 

Quando brincava às Barbies havia o seguinte procedimento:
a) Montar o cenário - eu tinha várias mobílias da Barbie mas não tinha casa, ou seja, sempre que queria brincar, tinha de montar uma espécie de casa em que o próprio mobiliário delimitava cada assoalhada...
b) Escolher as personagens - Quem é quem? E como vai ser esta família ou amigos. Qual o nome de cada um. E no caso de estar a brincar acompanhada, tinha ainda a amargorosa tarefa de escolher quem ia ficar com determinadas bonecas. 
c) Brincar - é preciso dizer alguma coisa?
d) Desmontar o cenário e arrumar - Sabe-se lá porquê esta, era a tarefa que eu menos gostava...
Isto era o normal e dentro de casa... Mas as brincadeiras com Barbies foram muito mais longe... Na casa da minha amiga Nicole, em pleno Verão, as brincadeiras com Barbies eram realizadas no quintal e incluiam Alguidares e taparueres cheios de água. E nós, ficávamos satisfeitas por ver as Bárbies a safarem-se do calor do Verão e a refrescarem-se naquelas piscinas improvisadas. Como uma mãe, satisfeita por ver o seu filho a divertir-se... Coitada da Nicole, que ficou com metade das Barbies com os cabelos todos emaranhados, porque depois de irem à água nunca mais foram os mesmos. Das minhas, houve uma que começou a "pelar", o plástico superior escamou ou com o sol ou com a água e mais tarde caiu-lhe a cabeça.

Para os Pinipons, utilizava o mesmo procedimento, mas era muito mais fácil a arrumação dos mesmos, dada a escala dos bonecos.

Para os Pollypockets era ainda mais fácil, pois estes já vinham com umas mini-casinhas. Mas a JE sempre gostou de complicar. Sempre achei que os meus pollypockets mereciam mais do que aquelas mini-casinhas coloridas e cheias de purpurinas que os faziam acompanhar. Provavelmente o Designer da Pollypocket era o mesmo do IKEA, era gente a mais para casas tão pequenas. Nessa altura, comecei a fazer, sem querer, as minhas primeiras (e útlimas) maquetes. Utilizava cartolina ou papel cavalinho e ficavam uns primores. Todos tinham o seu próprio quarto, havia uma sala com todos os apetrechos que mereciam, cozinha bem equipada, w.c. (onde os azulejos no chão e parede não faltavam) e portas e janelas que abriam e fechavam. Não imaginam a pena que tenho de ter deitado no lixo essas casinhas...
* Eu não vou conseguir dormir, se não acrescentar isto ao texto, embora já o tenha publicado.
É que nesta história dos Polly Pockets, houve aqui uma grande família, que nasceu, a partir de um castelo cor-de-rosa que eu recebi, que continha uns bonequinhos a imitar Polly Pockets e mais ou menos do mesmo tamanho. As personagens eram: O Rei, a Rainha, o Principe, a Princesa e o Piérre.
O Piérre era um boneco cinzento, pois todo ele era armadura. Mas ao contrário do que possam pensar, o Piérre nunca teve o papel de segurança do castelo. O Piérre era uma espécie de mordomo perfeito que todos nós deveríamos ter em casa.
O Piérre tinha um ar rude (embora não tivesse cara), mas tratava os seus patrões com muita delicadeza, empenho e atenção. Era discreto, amável e fazia tudo quanto possam imaginar, desde cozinhar a conduzir ou a defender o castelo de possíveis ameáças. Fazia tudo, menos interferir na vida pessoal dos patrões.
Também havia outra família que era constítuida pelo Pai, pela Mãe e pela Polly. O pai e a mãe eram Polly Pockets mais modernos, que eram um bocadinho maior do que os antigos e vieram numa "Discoteca".
A Polly, veio se a memória não me falha, numa concha que fazia de sua casa.
Um dia, perdi a Polly. Fartei-me de procurar mas a Polly nunca apareceu. A partir desse dia, a história da brincadeira aos Polly Pockets, foi basicamente "à procura de Polly", andavam os pais e os residentes do Castelo muito empenhados à procura da filha do Pai e da Mãe que tinha desaparecido. A Polly nunca apareceu mas digo-vos uma coisa: Quem mais lutou para a encontrar foi o Piérre.

Quanto aos "outros" - era mais dificil. Os "outros" eram: o Beicinhas, a Pompitas, a Boneca Grande e a Manuela.
Era muito mais difícil brincar com estes bonecos, pois não tinham tamanhos nem idades que pudessem interagir uns com os outros. Estes, serviam mais para me acompanharem à rua, para levar um boneco na mão (não sei bem para quê)...

- O Beicinhas é um boneco com ar de mau a fazer beicinho, que faz par com uma boneca sorridente que foi oferecida à minha prima no mesmo Natal em que recebi o Beicinhas. Calculam a minha amargura? Senti-me a ovelha mais ranhosa do rebanho... Porque raio ela tinha uma boneca a sorrir e eu tinha um boneco com ar de zangado? Era uma espécie de minituatura ou personificação? Ou será que era uma mensagem subliminar e eu nunca chequei a entender? Seja como for, toda a gente achou imensa piada ao Beicinhas (menos eu) e assim ficou um boneco para ser aquele personagem mal-humorado ou o mau da fita...
- A Pompitas é uma boneca que se fosse, levada à escala real, seria uma criança anã e gorda. Com o cabelinho curto mas roupas cor-de-rosa para se perceber que é uma menina. Tem um pequeno orificio na boca, que supostamente seria para fazer bolas-de-sabão, pelo menos veio acompanhada de um tubo de espuma para o efeito. Era suposto fazer, mas nunca fez. O objetivo era apertar-lhe a barriga e ela soprar. Mas o sopro não era nem lento nem suave, pelo que, nunca concretizou o seu objetivo.
- A Boneca Grande, foi aquilo a que se chama Paixão! Estão a imaginar a minha cara de parvinha a desembrulhar um embrulho enorme que quase não conseguia pegar? Foi um delírio, e quando vi uma boneca grande adorei! Era muito engraçada, com uma gabardina e galochas amarelas, que praticamente serviam à minha irmã com 1 ou 2 anos. Foi aquele amor que, a fez ficar encostada à parede durante toda a sua existência. Era muito engraçada para tirar fotografias com bebés e pronto. Mais nada. Era enorme e super pesada para brincar. Não dava jeito nenhum.
- A Manuela era uma boneca pretinha. Chamava-se Manuela, porque na altura a única pretinha que eu conhecia e com quem me dava muito bem, também se chamava Manuela. E assim ficou batizada. Era de um tamanho que não dava para interagir com os outros e também não dava jeito para transportar, mas uma vez que era homónima da minha amiga, estava sempre muito bem sentada na prateleira.

Isto merece fotos, que será difícil, mas tentarei arranjar uma imagem dos meus queridos brinquedos.
E pronto, com isto, ficaram a saber metade da minha infância, para a próxima conto o resto. Será: Nenucos e Furbys ehehe!

Seguem as presentes imagens para vos ilucidar do aspeto do Beicinhas e da Pompitas... Penso que são os únicos que ainda perduram, apesar da mágoa :p




Agora sim, podem imaginar a minha cara quando desembrulhei o Beicinhas...

* O texto que está a preto, foi colocado depois de ter sido publicado. _________________________________________________________________________________________________________________

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